quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Resolução...

Sinceramente não entendo os porquês da minha mente que
insistem em perder tempo justificando a aceitação de um amor como o seu.
Um amor que nunca foi meu e que sequer encontro vestigens de existência.
Um sentimento tão ilusório quanto às mentiras em que, por vezes, nos perdemos.
Onde você esteve esse tempo todo em que eu estive a sua procura?

Esteve em outros braços,
Em outros mundos,
Divertindo-se com suas farsas,
Lutando contra lembranças egoístas,
Beijando garrafas vazias
Esvanecendo na fumaça que exala...
Esquecendo aqueles dias...
A frieza é a carta em sua manga
e o silêncio sempre foi o seu trunfo.

Como pude perder tanto da essência do meu coração com você?
Como fui capaz de enganar o verdadeiro amor por tantas vezes por sua causa?
Você me preenchia com o seu vazio e eu acreditava que isso era o bastante.
Como? Que tipo de pessoa eu fui capaz de ser
para manter o amor que construí sozinha por nós dois?
Como encontrar um fim para lembranças criadas?
Como encontrar você em meio as lacunas sujas de outrora?

Cansei de buscar,
Cansei de me desperdiçar com você.
Chega de ignorar as mãos que a vida me estende...
Não adianta esperar seu amparo... Afinal o que nunca existiu, nunca virá.

Venha amor!
Estou aqui aberta... uma real morada...
Entre! O dono a abandonou e não voltará.
Estou a muito desabitada...
Possua-me! Pois hoje vejo que a lua nunca pertenceu ao anjo
Bem como o horizonte nunca pertenceu a terra.

Só hoje lamento pelos segundos que perdi com fantasias inconscientes.
Traga-me à consciência dos dias e das noites de êxtase do completo amor.
Garanto...
As margens estão ladeadas...
A vazão do que sentia se deu e não há desta vez, perigo de inundação.
Por isso não tema...

Hoje, posso ser completamente sua.
Hoje sou mais do que aquela lua,
Que vivia a espera do anjo negro de noites claras...
Que nunca viria.
Hoje estou plena, livre das amarras do ciclo lunar.


Venha...
Quero o desejo, o prazer... O clímax do verdadeiro amor!
O tempo ruge em meus ouvidos
Chamando-me das minhas perdições...
Não perca tempo... entrego-me em suas mãos.

Ilusão! Nada mais tivemos...
Homem fraco e displicente, tudo o quê vivemos,
não passou de uma quimera sem sustentação
a qual ousamos chamar de amor.
Uma febre de noites primaveris... que esta noite a chuva curou.


Por Kathia Priscila

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que esta mensagem despertou em você?