terça-feira, 22 de novembro de 2011

...

Alguém poderia me trazer o horizonte que perdi na última esquina em que caí ébria? Roubar-me o deleite... tudo bem! Mas, levaram até as minhas perspectivas. Malditos Sóbrios!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011



“Verdade 

A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.

Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.

Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.

Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.” 

(Carlos Drummnond de Andrade)

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

sexta-feira, 4 de novembro de 2011


O motivo de todos os nossos ais

Toda a sujeira que a sua pele representa,
Toda a infâmia que sai de seus lábios,
Tudo o que representa a sua existência
É tudo pelo o que lamento.

Seu sorriso cheio de dentes de falso marfim
Sua expressão de amizade inimiga
Sua postura de quem faz pelos outros para beneficiar a si.

Sua pele suja é a vestimenta que usa para termos pena da sua alma decrepita
Sua pele suja... Contagiosa e fétida
Disfarça suas intenções e ansias
                                  Raça imunda... Um dia a suástica irá purgá-la.
Raça imunda... um dia a inexistência irá te buscar...
Um dia ela irá, de você, nos livrar.

Famintos, fingidos, ladrões, escória!
Raça imunda protegida pela misericórdia de medrosos
 Raça imunda defendida pela ignorância de tolos.

Raça maldita... Que só pela presença polui a branqueza de nobres olhares.
Raça maldita... Da natureza aberrações.
A vergonha da espécie,
Lobos em pele de cordeiro...
O segredo da esfinge,
O motivo de todos os nossos ais.


terça-feira, 18 de outubro de 2011

JOGA-SE COM A MORTE PELA ANGÚSTIA DE ENCARÁ-LA COMO PARTE DA EXISTÊNCIA K.P


 



“...porque a vida e a morte são um, assim como o rio e o mar são um também... O seu medo da morte é, mas o temor do pastor, quando em pé diante do rei, cuja mão pousa sobre sua honra. Só quando você beber do rio do silêncio é que irá cantar de verdade. E quando você tiver alcançado o topo do morro é quando você começará a subir. E quando a terra reclamar seus membros é quando realmente irás dançar.”

domingo, 16 de outubro de 2011

NÓS SOMOS A MEDIDA DA NOSSA NORMALIDADE E A CONTRAMEDIDA DA NOSSA LOUCURA!


Poema A casa dos mortos, de Bubu

A casa dos mortos
das mortes sem batidas de sino.
- Cena 1 deste filme-documentário
do mesmo destino de sempre;
é que aqui é a casa dos mortos!
***
A casa dos mortos
das overdoses usuais e ditas legais.
- Cena 2 deste filme-documentário
do mesmo destino de sempre;
é que aqui é a casa dos mortos!
***
A casa dos mortos
das vidas sem câmbios lá fora.
- Cena 3 deste filme-documentário
do mesmo destino de sempre;

é que aqui é a casa dos mortos!
***
Prá começo de conversa, são 3 cenas,
são 3 cenas anteriores e posteriores
às minhas 12 passagens
pelas casas dos mortos,
que são os manicômios;
- tenho - digamos assim ! -
surtos de loucura existencial brejinhótica,
relativos à minha cidade natal,
Oliveira dos Brejinhos - Bahia - Brasil;
voltando às cenas:
... cenas que, por si sós,
deveriam envergonhar os ditames legais
das processualísticas penais e manicomiais;
mas, aqui é a realidade manicomial!
***
Pois, bem: são 3 cenas,
são três cenas repetidas e repetitivas
de um ritual satânico-sacro
com poucos equivalentes comparados de terror,
cujo estoque self-made in world
é o medicamentoso entupir de remédios,

o qual se esquece de que
A Era Prozac
das pílulas da felicidade
não produz A Era da Felicidade
da nossa almática essência de liberdade;
mas, aqui é a realidade manicomial!

***
E, ainda sobre as 3 cenas:
são 3 cenas de um mesmo filme-documentário:
Cena 1, das mortes sem batidas de sino;
Cena 2, das overdoses usuais e ditas legais;
Cena 3, das vidas sem câmbios lá fora
- que se reescrevam, então,
Os Infernos de Dante Alighieri;
mas, aqui é a realidade manicomial!
***

Reporto-me às palavras de um douto inconteste,
um doutor que rompeu o silêncio,
o jornalista Jânio de Freitas,
do jornal A Folha de São Paulo:
"A psiquiatria é a mais atrasada das ciências"
- Parafraseio Jânio de Freitas
porque a casa dos mortos,
que é a metáfora arquitetônica
pela qual designo a psiquiatria,
pede que se fale
contra si mesma!
***
E, por falar, também, em lucidez,
sou lúcido e translúcido:
a colunista-articulista Danuza Leão,
no jornal baiano A Tarde, explica:
"Lucidez é reconhecer
a sua própria realidade,
mesmo que isso lhe traga sofrimentos."
Mas, qual, ó Bubu!:
isto aqui é a casa dos mortos,
e, na casa dos mortos,
quem tem um olho é rei,
porque esta é a máxima e a práxis
da casa dos mortos.
***
Hospital São Vicente de Paulo /
Taguatinga - Distrito Federal - Brasil, abril de 1995:
o laudo a meu respeito (eu Bubu)
é categórico e afirma sinteticamente:
"O senhor Bubu é perfeita e plenamente lúcido!".
Mas, é que lá a psiquiatria é Psiquiatria Federal,
com P maiúsculo,
de propriedade patenteada
e de panteão da civilização;
enquanto que, aqui na Bahia,
a psiquiatria é psiquiatria estadual,
com p minúsculo,
de pôrra-louquice
e de prostíbulo do conceito clínico
(não custa nada afirmar:
eu Bubu fui absolvido
pela Psiquiatria Federal,
e eu Bubu fui condenado
pela psiquiatria estadual
- eis o mote da minha história!)
***
Isto é um veredicto!
- tomara que fosse um ultimatum
à casa dos mortos! 



http://www.youtube.com/watch?v=FLuZVLojKJw

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

À morte de um ser humano sobrevêm lágrimas e desmoronamentos.
A morte de um gênio sempre derrama sobre a humanidade silêncio, pesar e inércia.
Por Kathia Priscila




“Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo – expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar – caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu 
coração”. Steve Jobs.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Como é incômodo fazer parte da composição de uma cena com a qual não se identifica. Na tela do caos os sentidos, a individualidade e os desejos se mesclam ao abstrato do nada, e ensurdecidos são, e emudecidos ficam.


Por Kathia Priscila - Conclusão tirada ao estar no centro de Brasília.
Se a moeda de troca do mundo fosse o caráter e o amor... Estaríamos em completa miséria.


Por Britva Grazni
"Não possuímos nosso eu. Ele sopra sobre nós, foge por muito tempo e volta em um suspiro." Hugo Von Hoffmannsthal

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Existem pessoas que pegam os nossos pedaços mais íntimos e constroem castelos de areia somente pelo prazer de ver a maré nos levar embora.


Por Kathia Priscila

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Resolução...

Sinceramente não entendo os porquês da minha mente que
insistem em perder tempo justificando a aceitação de um amor como o seu.
Um amor que nunca foi meu e que sequer encontro vestigens de existência.
Um sentimento tão ilusório quanto às mentiras em que, por vezes, nos perdemos.
Onde você esteve esse tempo todo em que eu estive a sua procura?

Esteve em outros braços,
Em outros mundos,
Divertindo-se com suas farsas,
Lutando contra lembranças egoístas,
Beijando garrafas vazias
Esvanecendo na fumaça que exala...
Esquecendo aqueles dias...
A frieza é a carta em sua manga
e o silêncio sempre foi o seu trunfo.

Como pude perder tanto da essência do meu coração com você?
Como fui capaz de enganar o verdadeiro amor por tantas vezes por sua causa?
Você me preenchia com o seu vazio e eu acreditava que isso era o bastante.
Como? Que tipo de pessoa eu fui capaz de ser
para manter o amor que construí sozinha por nós dois?
Como encontrar um fim para lembranças criadas?
Como encontrar você em meio as lacunas sujas de outrora?

Cansei de buscar,
Cansei de me desperdiçar com você.
Chega de ignorar as mãos que a vida me estende...
Não adianta esperar seu amparo... Afinal o que nunca existiu, nunca virá.

Venha amor!
Estou aqui aberta... uma real morada...
Entre! O dono a abandonou e não voltará.
Estou a muito desabitada...
Possua-me! Pois hoje vejo que a lua nunca pertenceu ao anjo
Bem como o horizonte nunca pertenceu a terra.

Só hoje lamento pelos segundos que perdi com fantasias inconscientes.
Traga-me à consciência dos dias e das noites de êxtase do completo amor.
Garanto...
As margens estão ladeadas...
A vazão do que sentia se deu e não há desta vez, perigo de inundação.
Por isso não tema...

Hoje, posso ser completamente sua.
Hoje sou mais do que aquela lua,
Que vivia a espera do anjo negro de noites claras...
Que nunca viria.
Hoje estou plena, livre das amarras do ciclo lunar.


Venha...
Quero o desejo, o prazer... O clímax do verdadeiro amor!
O tempo ruge em meus ouvidos
Chamando-me das minhas perdições...
Não perca tempo... entrego-me em suas mãos.

Ilusão! Nada mais tivemos...
Homem fraco e displicente, tudo o quê vivemos,
não passou de uma quimera sem sustentação
a qual ousamos chamar de amor.
Uma febre de noites primaveris... que esta noite a chuva curou.


Por Kathia Priscila

terça-feira, 27 de setembro de 2011

This crazy...

I enjoy this crazy
She finished my sorrow.
I have to go on with moviment
In direction at all I hate
In direction at all I love
All I like to be
I don't mind to being alive
But I mind to being dead
So, a spend my time with the crazy in my mind
This way I started to be free
And nothing can stop my soul's fly.
Nothing can stop me from being myself.


By Kathia Priscila

Thinking... desiring and falling again.

I decided to forget to you
But I need to some help to do this
I hope to not to see you again
I learned to put the end, I learned to pretend,
 I planned be silent.


I offer to you, all that promised to make me
I would like to see you go away. 
I want to you far away from me.


I try to keep my promise
But I start remember to you again.
And don't exist nothing I can do
Don't exist no fight I can win against to love.


By Kathia Priscila

domingo, 25 de setembro de 2011

Kindertotenlieder (canção das crianças mortas)


Kindertotenlieder (canção das crianças mortas)
Poema de Friedricht Rückert

Agora, então o sol vai nascer
Esplendoroso
Como se nenhuma desgraça tivesse
Acontecido durante a noite!
A desgraça aconteceu só para mim!
O sol, ele brilha para todos!
Não enterre a noite dentro de você,
Afogue-a na luz eterna!
Uma luzinha se apagou na minha tenda!
Salve! Luz da alegria do mundo!
Agora entendo porque um olhar tão escuro
Em alguns momentos me atingia.
Oh! Olhos!
Como se, em um só olhar,
Concentraram todo o poder,
 Mas eu não o suspeitei, porque a
neblina me envolvia.
Apanhado em um destino que me cegou,
Não vi que o raio já estava preparando a partida
De volta para onde nascem todos os raios.
Queriam me dizer, com o olhar
Que gostariam de ficar junto de mim!
Mas o destino não permitiu.
“Olhe bem para nós, porque em breve estaremos longe.”
O que para você nestes dias são apenas olhos,
Nas noites futuras serão apenas estrelas!
Quando a mãezinha entrava naquela porta,
Eu virava a cabeça para olhar para ela,
Mas meu olhar não caía primeiro sobre ela,
Fixava o lugar, mais perto do umbral,
Onde a sua carinha querida aparecia,
Quando, com toda a alegria, você
Entrava junto com ela
Como era costume, minha querida filhinha!
Quando a mãe entra pela porta,
Iluminada pela vela, eu sinto, como era costume,
Que você se metia, escondida atrás dela.
Para dentro do quarto!
Oh! Tu, o raio da felicidade da célula do pai,
Que se apagou cedo demais!
Muitas vezes penso, elas apenas foram passear!
Em breve voltarão para casa!
O dia está lindo! Não fique preocupado!
Elas apenas estão fazendo um passeio mais demorado.
Realmente, apenas acabam de sair
E em breve estarão de volta! (Mecanismo de negação)
Oh! Não tenhas medo, o dia esta lindo.
Elas apenas estão passeando lá em cima!
Elas apenas saíram antes de nós
E não voltarão mais para casa!
Nós nos vamos encontrar, lá em cima
Com um sol radiante
O dia é lindo lá em cima!
Com este tempo, com esta ventania,
Nunca deveria ter deixado as crianças saírem!
Alguém as levou,
Eu não pude dizer nada!
Com este tempo, com esta ventania,
Nunca eu teria deixado as crianças saírem,
Eu tinha medo que elas ficassem doentes,
Mas, isso agora é preocupação inútil.
Com este tempo, com esta ventania,
Nunca eu deveria ter deixado as crianças saírem.
Eu tinha medo que elas morressem amanhã.
Mas isso agora já não é problema.
Com este tempo, esta ventania, esta tempestade,
Elas estão em paz na casa de sua mãe
E nenhuma tempestade as assusta,
Estão protegidas pela mão do Senhor.



sábado, 24 de setembro de 2011

A lua sempre se faz nova...



A LUA SEMPRE SE FAZ NOVA

A lua esteve hoje com o sol.
Dourada em sua nascente.
Gigante, extasiada, reluzente.

Não há vestígios de outrora.
Não há dúvidas. Houve contato, entrega...
A palidez lívida de noites tristes,
foi pintada...
rebuscada, pelo toque da pele solar.

Soturna, misteriosa, inspiração de lúgubres poetas.
Esta noite à eles não servirá.
Não há mais tempo para estrofes e humanos versos.
Rolam por terra, todas as lágrimas dedicadas à solidão,
com eles partilhadas, suplantadas e
agora, orvalhadas, pela relva da manhã.

Ébria de desejo,
Ela busca a saciedade,
Ela busca o calor dele,
O único que a ilumina para à vida,
Apenas com a sutileza do bem amar.
E a irradiação de um beijo.

Minguando, a palidez à casa torna.
Suas formas são reduzidas a nada.
Voltas temporais de separação... 
Kairos e cronos, formam a sincronia perfeita,
suficiente, para o esvanecer da redoma lunar.

Seguindo a circunferência da terra... 
se distanciando, buscando o eclipsar dos anjos.
Desejando a plenitude que imanta o horizonte e
a calmaria que arqueja no cosmos de além mar.

Mas a melancolia é inevitável.
Novamente, volta-se ela aos poetas,
acolhe as lágrimas destes,
derrama as suas em linhas esparsas em versos passados.
Goteja a terra, lamenta a perda...

Raios longínquos...
Anseiam por nela pousar,
Aquecê-la...
Coroá-la rainha da névoa negra...

Ela murcha e torna-se um fio de esperança sob estrelas...
Refletindo-o pode tornar-se real.
Ele arde com toda a insensatez,
tentando alcançá-la...
tentando transpassar a dor da ausência.

Mas, todos sabem, 
até mesmos os poetas, 
que a lua sempre se faz nova,
condicionada aos raios do poente.

O plexo solar sempre irá devolver-lhe a vida...
Ela sempre ressurgirá, em fases de amor e agonia

e no regaço dele repousará.
Por Kathia Priscila

quarta-feira, 14 de setembro de 2011


“A VERTIGEM NÃO É O MEDO DE CAIR, É OUTRA COISA. É A VOZ DO VAZIO EMBAIXO DE NÓS, QUE NOS ATRAI E NOS ENVOLVE, É O DESEJO DA QUEDA DO QUAL LOGO NOS DEFENDEMOS ATERRORIZADOS.” Milan Kundera


"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram,
mas na intensidade com que acontecem. 
Por isso existem momentos inesquecíveis,
coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".
(Fernando Pessoa)  


"Que as forças telepáticas advindas dos campos magnéticos espaciais, emitidas por nosso deus astronauta, me ilumine e me guie, promovendo o reordenarmento de minhas sinapses cerebrais, me conduzindo de encontro ao fatal gozo intelectual." 


Kans

Predador de Loucos 

Porto naufrago, 
Seguro para quem afoga.
Repouso das sombras 
que respiram restos da realidade.

Predador de Loucos
Caçador em maré alta,
Homicida no abismo mental
Onde o pulso é a faca,
e o destino dos seus escreve em areia e água.
Ela boía, ébria, delirante.
acometida pela doença que corta a garganta,
infecção que diluí o grito.
Seu sangue dolorido, ferido.
Os pedaços de suas lembranças lançava em notas.
Hoje somente o silêncio a conforta.


Não desejaria ficar sozinho 
enquanto descobre os destroços nesta praia...
Um certo porta jóias de gavetas quebradas
Morada da boneca desalmada
Bordados e laços
A bela atriz oposta ao cenário
Estátuas de homens pútridos
Espadas cravadas no peito
Eco do riso dos inimigos 
pelo golpe certeiro.
Reunião dos ofertados a Poseidon.

Predador de Loucos
Tinge de morfina a veia das ilusões
 Alucionógeno em seus olhos
Vendo que a morte é o interior da Vida

Predador dos Loucos
Traga a caixa de dois locus
Acomode a loucura e os sonhos
Sem flores ou coroas 
Todos não passam de formas fragmentadas
Uma realidade inventada
Formas da existência dos dias.

 (Britva Grazni)
Sou uma unidade de contrários, sou una na multiplicidade e na mudança.
Faço-me outra, para me tornar eu mesma.
Negando-me é que me constituo.
Aceitando uma identidade estática é que perderei a humana essência.

Britva Grazni
Enxergo-te... quando de olhos fechados.


Tenho-o... entre lembranças e sonhos.
Guardei-te em tão profunda fenda, em sulcos mentais,
Em abismos inconscientes...partes densas demais para que te alcance desperta.
Sempre distante, diariamente aqui.
Será que existe conexão entre nós quando sonhamos?
Tudo não passa de uma cartase solitária.
Não existe escolha quando a entrega é certa. 
Não existe saída quando todas as portas estão abertas e quando do lado de fora 
não há nada além de fantasmas de você e restos de 
mim.
No limbo dos sonhos

Realidade rasurada
Oculta, entre todas as coisas que suponho.... estarem em você apagadas.


Britva Grazni