terça-feira, 10 de maio de 2016

O cheiro do meu amor inebriando o eu meu
Que hoje se perde e se faz seu
Hipnotizando e transpassando o tempo e o amar.
Esse perfume tão seu, que penetra o que há de tão meu
Que inunda o que há de nosso
E me faz mergulhar no que nos aguarda
Parte certa do possível que nos espera.
Persigo-te de outrora
Entre as rasuras dos equívocos meus e medos seus
Pendências de um tempo morto
Essência desperdiçada com amores tolos
Incapazes de bloquear o ecoar, nas ondas díspares de quem somos
O vibrar das almas em corpos suados, desposadas ao luar.
Ressoaremos em quem nos ambiciona
Florecendo, desaguando, compondo oceanos
Amando entre traços imperfeitos
Entre oscilações de tons e cores primárias
Entre o grito e o silêncio
Poesia e prosa, compostas por penas arrancadas pelo frio da noite
Em meio à revoada rumo ao horizonte,
 distante da aridez que há, quando você não está aqui
Restando ao meu alcance apenas teu perfume em uma camiseta velha

E o aconchego que ele me dá, até o momento em que seu abraço se fará, novamente, meu lar

8 de Março de 2016

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